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20.2.13

Guria de Lavras

Estou passando uns dias em Lavras do Sul. Cidade em que nasci e onde moram meus pais. Cidade onde  encontro com meus amigos queridos. Cidade onde nasceram meus filhos.
Cada vez que venho aqui, tenho a sensação de que o tempo parou. E, quando as evidências me fazem constatar o contrário, me sinto desconfortável, esquisita, uma estranha no ninho.
Certamente tem a ver com perdas, com tristezas, com o envelhecer - com a passagem do tempo, enfim.
Palavras como velhice, musgo, avós, plátanos, nuvens, lembram da menina que eu era e que vislumbrava a passagem do tempo como alguma coisa absurdamente distante. Essas palavras já eram antigas naquela época...
Mas palavras como chão, rio, estrada, vento, chuva, são permanentes. Palpáveis. Me trazem para Lavras, infinitas vezes.
São imagens, delírios, divagações. Lembranças perdidas, sentimentos difusos. 
Coisas que não consigo entender, coisas que não quero aceitar, porque são difíceis demais.
Às vezes, nó na garganta. Às vezes, gargalhada sonora. Às vezes, tempo que para. Às vezes, silêncio profundo
Ser uma Guria de Lavras é sina, é sorte, é sinal. É sem volta. 

Fotografia tirada pelo meu sobrinho Guguinha Teixeira (aos 12 anos de idade).
Ele tem talento!!



4 comentários:

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Oi!!!!!!!!

Esta é a melhor parte! Adoro quando comentam!

Às vezes demoro a responder... É que me perco por aí, lendo os blogs, e nem vejo o tempo passar! Heheheh!

Outras vezes acho que não há necessidade de resposta e que é melhor que seja assim, sem obrigação de "comentar os comentários"!

Mas sempre fico feliz e agradecida!

Beijos!!

Ana


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